Agricultores da Serra apostam na produção de cacau

A atividade está sendo fomentada pelo poder público

Agricultores da Serra apostam na produção de cacau


Texto: Djeisan Maria - Foto: Divulgação

Agricultores da Serra estão apostando na produção do cacau como uma oportunidade de renda e de incrementar o agroturismo do município. Eles concluíram uma série de treinamentos relacionados à indústria do cacau com uma visita técnica, quando puderam conferir de perto todo o processo de transformação da semente em barras de chocolate.

Na Serra, já são 13 hectares de plantação do fruto espalhados em áreas do cinturão verde de Barcelona, do Mestre Álvaro e ainda em Chapada Grade, sendo que nessa última a plantação é feita de forma consorciada com seringueiras. A grande promessa do setor é a produção de chocolate, já em fase de testes, por um dos produtores do município.

A aula de campo foi em uma agroindústria de Anchieta, onde seis mil pés de cacau estão plantados. O fruto passa pela secagem e é transformado em um dos doces preferidos dos brasileiros. O lucro por barra chega a 70% comparado aos custos da produção.

E está enganado quem acha que o mercado já tem muitas marcas de chocolate e sem espaço para novos negócios. O produtor de Anchieta contou que são feitas 360 barrinhas de 20 gramas por dia na agroindústria, todas absorvidas pelo comércio local. Segundo ele, para vender para outras cidades, seria necessário aumentar a produção diária, pois o chocolate artesanal é um nicho importante de mercado.

Investimento

As capacitações começaram em 2016 com orientações sobre a formação da lavoura do cacau. De lá pra cá, já aconteceu curso sobre poda e produção do fruto. Os produtores ainda aprenderam sobre a técnica de enxertia, que diminui os custos de produção da cultura.

Uma muda de cacau custa, em média, R$ 5,00 e demora até seis anos para começar a produzir. Já o pé enxertado produz no segundo ano plantado, assim, o produtor tem menos gastos com a lavoura. Os treinamentos foram ministrados pela Secretaria de Agricultura, Agroturismo, Aquicultura e Pesca (Seap) em parceria com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).