Mais de 40 anos de amor e dedicação à educação na Serra

Edimar já deu aulas, foi pedagoga, supervisora, coordenadora e até já fez as vezes de merendeira

Mais de 40 anos de amor e dedicação à educação na Serra


Texto: Samantha Dias - Foto: Jansen Lube

Como começam as mais lindas e duradouras histórias de amor? O caso da dona Edimar Freitas Miranda Moreira com a educação da Serra começou por necessidade, quando ela ainda tinha 14 anos. Hoje, aos 57 anos, ela é a servidora efetiva com mais tempo de vínculo com a prefeitura: já são 43 anos.

Em 20 de março de 1974, ela iniciou sua trajetória no município. Sua função, aos 14 anos, era ser auxiliar de professora. De lá pra cá, ela, que tem formação em pedagogia e administração, já fez de tudo um pouco: deu aulas, foi pedagoga, supervisora, coordenadora e até já fez as vezes de merendeira; tudo pelas crianças.

“Um dos momentos mais marcantes foi quando eu mesma fui preparar a merenda das crianças, pois a merendeira da escola ficou doente e não tinha ninguém para cozinhar. Eu amo a escola, é a minha paixão mesmo, senão eu já estaria aposentada”, contou, emocionada.

Há 16 anos, Edimar é secretária na escola Lacy Zuleica Nunes, localizada no bairro Carapina Grande, e é responsável pela parte administrativa, dos alunos e professores e pelas vagas na escola. Por todos os anos de trabalho e dedicação, Edimar garante que “é conhecida por todo mundo”.

“A escola é a minha casa, criei verdadeiros laços de amizade. Eu não trabalho pensando no que vou ganhar. Não tem nada que pague a gente fazer o que gosta. Todo mundo da Serra me conhece e isso é muito gratificante. Quando eu chego em qualquer secretaria, eu me sinto em casa. Onde eu vou é um abraço, uma palavra amiga. Cada vez mais eu sinto vontade de caminhar mais. O que eu puder fazer para ajudar, eu estou aqui”, afirmou.

Em sua trajetória, Edimar trabalhou também na escola Dinorah Barcellos e em outra que já não existe mais.

Algumas das marcas do seu trabalho é a organização e a melhoria dos processos. Na escola Lacy, por exemplo, o arquivo dos alunos e professores foi criado por ela, que batizou o espaço de “Kafua”. Por isso, colegas de trabalho chamam-na, carinhosamente, de “dona Kafua”.

“Nos colégios por onde passei, não tinha arquivo, com informações dos alunos, ex-alunos, professores. Quando era preciso buscar alguma informação, demorava horas e as pessoas se aproveitavam disso para fazer corpo mole. Eu não aguentava ver aquilo. Organizei os arquivos e depois todos me agradeciam porque isso otimizava o trabalho”, contou Edimar.