Dia Mundial da Psoríase: Serra possui ambulatório para a doença e alerta sobre preconceito
O município é o único do Estado a contar com ambulatório específico
Texto: Amanda Amaral
- Foto: Edson Reis/Secom
A psoríase é uma doença inflamatória da pele, e muita gente ainda se deixa levar pelo preconceito. Porém, a doença não é contagiosa e existe tratamento para ela. Com o intuito de esclarecer e orientar a população sobre o assunto, nesta terça-feira (29) é comemorado o Dia Mundial da Psoríase.
O município da Serra é o único do Estado que possui um ambulatório específico para a doença - o Ambulatório de Psoríase da Serra, que funciona no Ambulatório Municipal de Especialidades (Ames), em Jardim Limoeiro.
Há no momento, cerca de 500 pacientes em atendimento, segundo a dermatologista Cristiani Banhos, responsável pelos atendimentos dos pacientes. Desse total, 107 são pacientes considerados mais graves e estão em uso de terapia imunobiológica.
O tratamento pode ser de uso tópico, com pomadas, medicamentos via oral ou injetável (biológicos) a depender da gravidade da doença. Os medicamentos, quando necessários, são fornecidos pela Farmácia Cidadã.
O serviço funciona todas às quartas-feiras, das 7 às 19 horas. Para ser atendido no Ambulatório, o paciente deve procurar a sua unidade de saúde de referência para uma consulta médica, caso identificada a necessidade, ele será referenciado pelo próprio município (via Regulação Municipal) para o Ambulatório.
Sobre a psoríase
A psoríase se apresenta na pele com lesões descamativas nas regiões do couro cabeludo, cotovelos, joelhos, unhas e, em alguns casos, na região genital, e que podem causar coceira. Além da pele, pode comprometer outros sistemas como o cardiovascular, articular, ocular, intestinal, psiquiátrico, dentre outros.
“Não é uma doença estética e também não se limita apenas ao comprometimento cutâneo, e tem fatores que a agravam em indivíduos geneticamente predispostos como estresse, tabagismo, alcoolismo, infecções e alguns medicamentos utilizados para tratamento de outras doenças, entre outros fatores”, explica a dermatologista Cristiani Banhos.
A doença pode se manifestar na forma leve, moderada ou grave. A leve é aquela que compromete menos de 10% de área da superfície corporal e responde ao tratamento apenas com pomadas, sem doenças associadas, como as articulares.
A grave é quando acomete áreas especiais, como face, palma da mão e planta dos pés, genitália, unhas, que geram impacto grande na qualidade de vida sem resposta a medicação tópica, ou quando o comprometimento é maior que 10% da área de superfície corporal. Há casos de pacientes que desenvolvem infecções secundárias.