A Secretaria de Meio Ambiente da Serra (Semma) apresentou o caderno de diagnóstico preliminar da revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico. A audiência pública ocorreu na noite da última terça-feira (2), no auditório da Câmara Municipal da Serra, em Serra Sede, e foi transmitido pelo canal de Youtube da instituição, sendo acompanhado por servidores das pastas de Obras e Serviços, representantes de empresas de saneamento, associações de moradores, entidades ligadas à questões ambientais e sociedade civil organizada.

O diagnóstico preliminar do PMSB tratou sobre diversos pontos acerca do abastecimento de água, sistema de coleta e tratamento de esgoto e recolhimento de resíduos sólidos. Propostas para expansão de programas como coleta seletiva e conscientização da população também entraram na pauta.

O secretário de Meio Ambiente, Cláudio Denicoli, destacou que todo o processo, iniciado em 2022 por meio de reuniões com moradores das cinco regionais (Mestre Álvaro, Jacaraípe, Carapina, Civit e Laranjeiras), foi feito com equipe própria da Prefeitura da Serra, majoritariamente composta por técnicos.

“São profissionais que conhecem profundamente as dificuldades do município sendo que a população também conhece esses técnicos. Por isso, temos convicção plena que será um plano melhor elaborado e de acordo com as necessidades daquilo que a cidade espera. A previsão é que ele esteja concluído em meados de setembro”, informou.

A apresentação foi conduzida pela chefe do Departamento de Saneamento Ambiental da Semma, Stephanie Zucoloto, que também coordena a revisão do plano. Ela pontuou as rápidas transformações e crescimento populacional, econômico e estrutural vividos pela Serra e sua necessidade de adequação em sua rede de distribuição de água e coleta de esgoto.

Lembrou que a Serra representa 20% do PIB capixaba com geração de riquezas em R$ 32 bilhões e está entre as 30 maiores economias do Brasil. Além disso, é o mais populoso do Espírito Santo registrando mais de 520 mil habitantes.

“A Serra é um município vibrante, crescendo a todo momento e o saneamento precisa acompanhar essa crescente”, afirmou, justificando a necessidade da elaboração e atualização do plano municipal de saneamento.

Atualmente, o município conta com 99% de cobertura de abastecimento de água na área urbana. Na zona rural, são utilizadas fontes alternativas como poço artesiano e carro-pipa.

Em relação a esgoto, o índice de cobertura na cidade deu um salto de 58% (em 2015) para 92% (em 2023), na área urbana. A ampliação da rede de esgoto foi de 653km (em 2015) para 1261km (em 2023). Desde 2014, a administração e expansão da rede de esgoto está sob responsabilidade da empresa Ambiental Serra, num contrato de concessão feito pela Cesan.

Sobre a coleta de resíduos, Stephanie lembrou que a média anual recolhida (somente envolvendo lixo residencial) está em 140.234 toneladas. Há necessidade de maior conscientização da população em relação a descarte adequado e combate a pontos viciados de lixo.

Entre os desafios elencados pelos moradores estão maior alcance dos serviços de água e esgoto, ligações irregulares na rede de drenagem, maior proteção aos mananciais e balneários que recebem esgoto não tratado, eliminação de pontos de descarte irregular de resíduos de construção civil.

A elaboração da revisão do Plano Municipal de Saneamento prossegue.

“Com a apresentação do diagnóstico, neste intervalo de 30 dias que temos a partir desta terça, vamos continuar recebendo contribuições e sugestões da comunidade em geral. Iremos também aprofundar o diálogo com os moradores da zona rural para fazermos outra coleta de informação porque sentimos essa necessidade. Após esse período, teremos outros 30 dias para disponibilizarmos no portal da Prefeitura da Serra o caderno finalizado em relação à revisão do plano de saneamento”, explicou a coordenadora.

Confira o diagnóstico completo clicando no link abaixo:

Diagnóstico Técnico e Participativo da revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico