IPS orienta segurados e população sobre o câncer de bexiga

Entenda os fatores de risco e as formas de prevenção

IPS orienta segurados e população sobre o câncer de bexiga


Texto: Daniel Vargas - Foto: iStock

Dados de 2023 do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que o Brasil poderá ter mais de 34 mil novos casos de câncer de bexiga nos próximos três anos, sendo o público masculino com mais de 50 anos o mais atingido.

E é para orientar os segurados e munícipes a respeito dessa enfermidade que o Instituto de Previdência dos Servidores da Serra (IPS) preparou um material com perguntas e respostas sobre o tema.

Ele é fruto de uma parceria entre a médica perita Raquel Pires de Mesquita e o Departamento de Previdência (Deprev). Leia e compartilhe o conteúdo.

Qual é o tipo de câncer de bexiga mais comum?
O carcinoma urotelial, que afeta o tecido interior da bexiga. Esse tipo representa mais de 90% dos casos da doença.

Quais são os fatores de risco?
Além do gênero, características como idade e etnia podem aumentar o risco, já que a enfermidade atinge mais pessoas brancas e idosas. 

Há ainda outros fatores que precisam ser levados em consideração?
Sim. O tabagismo, que é o fator de risco mais comum e está associado ao aparecimento da doença em mais de 50% dos casos; o abuso de analgésicos, como a fenacetina; o uso prolongado de medicamentos com ciclofosfamida, tais como os utilizados em tratamentos para doenças autoimunes (aquelas que afetam o sistema imunológico e levam o corpo a atacar seus próprios tecidos); e a exposição constante e prolongada a compostos químicos presentes em tintas, borrachas e equipamentos elétricos.

Quais são os principais sintomas do câncer de bexiga?
Sangue na urina, geralmente, de cor vermelho vivo e acompanhado de coágulos; irritação ao urinar, com ardor, dor ou algum tipo de desconforto; aumento do número de idas ao banheiro para urinar, com diminuição da quantidade de urina em cada micção; e dor na região pélvica, com possibilidade de uma massa palpável (em caso de câncer avançado).

De que forma é feito o diagnóstico?
Por meio de exames de urina, imagem e citoscopia. Esse último permite investigar a região interna da bexiga por meio de um instrumento que possui câmera, podendo-se, inclusive, retirar células para biópsia, a fim de se obter um diagnóstico mais preciso.

Quais são os tratamentos indicados?
Podem ser indicadas cirurgias, nas quais o médico remove apenas o tumor da bexiga através da uretra, ou, em casos mais graves, a cistotectomia (retirada parcial ou total da bexiga), sendo que, na cistotectomia radical, é construído um novo órgão para armazenar a urina.
Outra forma de tratamento é a quimioterapia, imunoterapia ou radioterapia. Essas terapias podem ser utilizadas para se preservar a bexiga, diminuindo o tumor e, assim, a necessidade de remoção de parte do órgão. Também funcionam como uma forma complementar às cirurgias, após o paciente já ter retirado a bexiga, para evitar a reincidência do câncer.