Março: mês da mulher e de combate ao câncer de colo de útero

Março é dedicado à conscientização e combate ao câncer de colo de útero

Março: mês da mulher e de combate ao câncer de colo de útero


Texto: Daniel Vargas - Foto: FreePik

Todo dia é dia de a mulher cuidar de sua saúde, mas é no mês de março que esse sentimento de autocuidado costuma ficar mais aflorado. Isso porque, além do Dia Internacional da Mulher, o período é dedicado à conscientização e combate ao câncer de colo de útero.

Nesse sentido, dando prosseguimento à série de matérias produzidas em parceria com a médica perita Raquel Pires de Mesquita e o Departamento de Previdência dos Servidores da Serra, o IPS separou algumas perguntas e respostas sobre esse tipo de câncer e suas principais formas de prevenção. Confira e compartilhe com sua família e conhecidos.

O que causa o câncer de colo uterino?

Ele ocorre com a infecção persistente por alguns tipos de papiloma vírus (HPVs) e através das alterações celulares decorrentes dessa infecção.

Esse tipo de câncer é comum?

Sim, e mais do que se imagina. Com exceção do câncer de pele não melanoma, é o terceiro tumor maligno mais frequente entre as mulheres e quarta causa de morte desse público por câncer no Brasil. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2021, 270 mulheres morreram de câncer de colo de útero no País.

Como posso me prevenir?

A principal forma é se proteger por meio da vacina contra HPV. Essa previne 70% dos cânceres de colo de útero e 90% das verrugas genitais e pode ser tomada a partir dos nove anos de idade, tanto por homens quanto mulheres. Outros modos de prevenção são utilizar preservativo durante a relação sexual, evitar cigarro e realizar o exame de papanicolau.

Quando devo fazer o papanicolau e como é esse procedimento?

Inicialmente, o exame deve ser feito de ano em ano a partir do início da vida sexual. Após dois exames seguidos com resultados normais e um intervalo de um ano entre esses exames, o papanicolau poderá ser realizado a cada três anos. O procedimento é composto de duas partes: o médico insere um espéculo na vagina (conhecido popularmente como “bico de pato”), para fazer um diagnóstico visual do interior do órgão genital e do colo do útero; em seguida, realiza uma pequena escamação da superfície externa e interna do colo, por meio de uma espátula de madeira e uma escovinha. As células colhidas são colocadas numa lâmina e enviadas para um laboratório de citopatologia.

Caso o meu exame apresente alterações, tenho chance de cura?

Sim, se as alterações forem tratadas na fase inicial, a paciente é curada na quase totalidade dos casos e o quadro não evolui para câncer. O tratamento é feito por meio de um procedimento chamado conização, que se trata de uma pequena cirurgia na qual é retirada, em formato de cone, a parte do colo do útero que apresenta a inflamação pré-cancerígena de alto grau.