Serra comemora 2 anos do primeiro núcleo de Walking Football do ES com evento neste sábado

Modalidade adaptada para pessoas com mais de 60 anos alia saúde, inclusão e bem-estar

Serra comemora 2 anos do primeiro núcleo de Walking Football do ES com evento neste sábado


Texto: Amanda Drumond - Foto: Amanda Amaral/Secom-PMS

Neste sábado (28), o Programa de Orientação ao Exercício Físico (PROEF), da Secretaria de Saúde da Serra, vai comemorar dois anos de prática do Walking Footbal, no município e no Estado, com um evento voltado para os atletas da modalidade.

A comemoração terá início às 7h, no Parque Caminhos do Mar, em Bicanga, com um café da mahã para os atletas. Às 7h45, a nutricionista do PROEF Jéssica Butcovsky irá ministrar uma palestra sobre a "Alimentação pré e pós treino para atletas 60+", com o foco em cuidar da diabetes e da hipertensão arterial e seus agravos. Após o bate-papo, o evento segue até às 11h com jogos entre os participantes e até com familiares e visitantes. 

De acordo com a responsável pelo Walking Football no Proef, a professora Aline Souza, a evolução de cada participante é o combustível para a continuação do projeto.

"Comemorar dois anos do Walking Football é celebrar mais do que a prática esportiva — é reconhecer conquistas individuais, superações e vínculos construídos a cada encontro. O projeto nasceu com o propósito de promover saúde, inclusão e qualidade de vida, e tem mostrado, na prática, o quanto o esporte pode transformar rotinas e fortalecer o bem-estar físico e emocional das pessoas," afirmou Aline.

Walking Footbal

O projeto “Walking Footbal” é uma estratégia de promoção do bem-estar da população idosa da Serra. A Prefeitura da Serra, por meio do Proef, foi a primeira a trazer a modalidade para o Estado, em 2023, além de ser o primeiro núcleo oficial do esporte fora de São Paulo.

A modalidade consiste, resumidamente, em uma versão inclusiva do futebol para pessoas com mais de 60 anos. Em vez da corrida, os atletas jogam caminhando. 

A professora Aline Souza ainda explica que a aula é composta por aquecimento, alongamento, fundamentos básicos da modalidade e um jogo.

“Para evitar quedas ou outro risco, além de realizar uma avaliação criteriosa e uma bateria de testes com os alunos, as regras são diferentes. O praticante não pode roubar a bola ou dar carrinho, o contato físico deve ser evitado e os alunos ficam a um braço de distância um dos outros. O campo e o gol também são menores, a bola possui uma calibragem diferente, e somos nós que ensinamos como os alunos devem conduzi-la para não se machucarem”, explica.

Cuidado com a saúde é regra do jogo

Para garantir uma prática segura e inclusiva, os participantes passam por avaliações periódicas que incluem anamnese, testes físicos e exames bioquímicos. 

A cada 90 dias, é feita uma reavaliação geral, e, a cada seis meses, exames laboratoriais ajudam a monitorar possíveis alterações na saúde. Durante os encontros, também são realizados o controle da pressão arterial e do índice glicêmico (HGT), assegurando uma prática adaptada às condições individuais de cada um.

O projeto ainda conta com aulas realizadas três vezes por semana, com até 30 participantes por turma. O foco do projeto está em adaptar o futebol convencional à realidade dos alunos, promovendo uma experiência segura, prazerosa e saudável.