BCG: Serra atinge 115% de cobertura vacinal e reforça proteção contra tuberculose
Na Serra, a vacina BCG é aplicada gratuitamente nas grandes maternidades e em algumas unidades de saúde, sem necessidade de agendamento

Texto: Amanda Drumond
- Foto: Everton Nunes/Acervo-PMS
A Serra alcançou mais uma marca importante para a saúde de seus moradores. Neste ano, o município já alcançou a marca de 115,17% de cobertura da vacinação com a BCG, que previne contra as formas graves da tuberculose (meníngea e miliar).
A BCG é feita com o bacilo de Calmette-Guérin, que é uma forma enfraquecida da bactéria que causa a tuberculose, e deve ser, preferencialmente, aplicada após o nascimento. Caso não seja ministrada nesse período, a criança tem até os 4 anos, 11 meses e 29 dias para ser protegida com o imunizante.
Segundo a gerente da Vigilância Epidemiológica da Serra, Michelle Oliveira, a porcentagem além dos 100% representa os nascidos na Serra, mas que são de outro município. Ela reforça, ainda, que superar a meta de cobertura vacinal com a BCG é um reflexo do compromisso da rede de saúde municipal com a proteção da população, especialmente dos recém-nascidos, público prioritário dessa vacina.
“A BCG é fundamental para prevenir as formas mais graves da tuberculose e, por isso, seguimos investindo em estratégias para garantir o acesso, com aplicação nas maternidades e também em unidades de saúde, sempre de forma gratuita e acessível para todos”, afirmou.
Na Serra, o imunizante é ofertado em todas as grandes maternidades da Serra, públicas e privadas, de forma gratuita. Além disso, três unidades de saúde também oferecem a vacina, em dias específicos, e sem agendamento. Confira:
- Bairro de Fátima: segundas-feiras, das 11h às 16h;
- Serra Dourada: terças-feiras, das 8h às 13h;
- Novo Horizonte: sextas-feiras, das 8h às 14h.
Essa não é a primeira vez, no entanto, que o município ultrapassa os 100%. Em 2023, a meta foi ultrapassada e atingida a marca de 114,58% da cobertura; em 2024 o número foi de 103,80%.
A gerente Michelle também ressalta, que, além de garantir o acesso à vacina, a Secretaria de Saúde da Serra enfatiza a importância da conscientização dos pais e responsáveis sobre a necessidade de vacinar as crianças.
"A tuberculose ainda é uma realidade no Brasil, e as formas graves da doença podem causar sérios danos à saúde das crianças. A imunização é segura, gratuita e salva vidas. Por isso, reforçamos sempre que nenhuma criança deve ficar sem essa proteção”, disse.
Reações e cuidados
De acordo com a enfermeira referência técnica da Rede de Frio Serra, Joalina Venturim, a aplicação da vacina BCG pode causar uma pequena lesão no local da aplicação, que evolui para a formação de uma cicatriz, considerada normal e esperada.
“É importante que os pais ou responsáveis não passem nenhum tipo de produto no local e não retirem a casquinha que se forma. Essa reação é comum e faz parte do processo natural da imunização. Mas, caso apareçam sinais como vermelhidão excessiva, inchaço importante ou secreção purulenta, é fundamental procurar a unidade de saúde para avaliação da criança", explicou a enfermeira.
Joalina ainda destaca que a revacinação de crianças sem cicatriz não é mais recomendada pelo Ministério da Saúde desde fevereiro de 2019 e que bebês prematuros com menos de 2 kg de peso corporal não podem receber a vacina BCG, devendo aguardar até atingir o peso adequado para a imunização.