Raiva mata: Serra amplia vacinação e pede que profissionais e pacientes completem esquema vacinal
Além dos pacientes com suspeita de exposição ao vírus, veterinários, fazendeiros, biólogos são alguns dos profissionais, que precisam iniciar e completar o esquema vacinal

Texto: Amanda Drumond
- Foto: Everton Nunes/Acervo-PMS
Veterinários, tratadores, biólogos, fazendeiros, agentes de zoonoses, são alguns dos trabalhadores que precisam tomar a vacina contra a raiva, mesmo sem terem sido contaminados. Isso porque as profissões exigem um contato contínuo com animais, o que aumenta o risco de infecção pela doença, que tem uma taxa de mortalidade próxima a 100%.
Pensando nesses profissionais e nas vítimas de ataques por animais com suspeita de contamiunação, a Secretaria de Saúde da Serra ampliou de 13 para 18 o número de unidades que aplicam a vacina antirrábica humana.
A imunização é gratuita e pode ser realizada pelos profissionais apenas nas Unidades Básicas ou Regionais de Saúde, que possuem a vacina (veja a lista no fim da matéria). No caso dos pacientes com mordida, arranhões ou lambidas de animais com suspeita da doença, as Unidades de Pronto Atendimento também são uma opção aos sábados, domingos e feriados, de 7h Às 17h.
Conhecida como imunização preventiva a vacinação pré-exposição consiste em duas doses do imunizante, com avaliação sorológica após a segunda dose para garantir a resposta imunológica adequada.
Pacientes e profissionais não concluem tratamento
A supervisora de agravos não crônicos da Vigilância Epidemiológica da Serra, Suellen Sabino, reforça que, apesar da importância e do alto risco, a maioria destes profissionais e dos pacientes com suspeita de contaminação abandonam o tratamento e não concluem o esquema vacinal.
"É fundamental que os profissionais e os pacientes expostos ao risco de raiva não apenas iniciem, mas também concluam o esquema vacinal. A interrupção do tratamento compromete a eficácia da imunização e pode colocar vidas em risco. Precisamos reforçar que a raiva é uma doença grave, com quase 100% de letalidade, e só a vacinação completa garante proteção real", afirmou a supervisora.
Suellen destaca ainda que, em caso de exposição ao vírus, os cuidados e o tempo de resposta são essenciais.
"Em situações de possível exposição ao vírus da raiva, o tempo de resposta é determinante. Lavar o local imediatamente e buscar atendimento na unidade de saúde o mais rápido possível faz toda a diferença. Quanto mais rápido for o início do protocolo, maior a chance de salvar aquele paciente", explicou.
É importante ressaltar, ainda, que a vacinação acontece quando não houver possibilidade de observação do animal, no caso de cães e gatos, ou quando o ataque foi feito por morcego.
Em casos de mordidas, arranhões ou contato com saliva de animais — especialmente cães, gatos, bovinos e morcegos — é fundamental:
- Lavar imediatamente o local com água e sabão;
- Buscar qualquer uma das unidades (básicas, regionais ou de pronto atendimento) que ofertam a vacina (lista no final) o quanto antes para avaliação e início do protocolo de atendimento;
- Informar todos os dados possíveis sobre o animal envolvido.
- Cada caso deve ser registrado na unidade para monitoramento e encaminhamento adequados.
A vacinação é uma das formas mais eficazes de prevenir essa zoonose, que não tem cura após o aparecimento dos sintomas.
Confira a lista completa das unidades que oferecem o imunizante:
Horários
Unidades: todos os dias, segundo o horário de funcionamento de cada sala de vacina;
UPAs: sábados, domingos e feriados, das 7h às 17h (apenas casos de pós-exposição ao vírus)
- URS Feu Rosa;
- URS Jacaraípe;
- URS Valparaíso;
- URS Novo Horizonte;
- URS Serra Dourada;
- URS Serra Sede;
- UBS Boa Vista;
- UBS Jardim Tropical;
- UBS Nova Almeida;
- UBS Cidade Continental;
- UBS Vista da Serra;
- UBS Carapina Grande;
- UBS Central Carapina;
- UBS Eldorado;
- UBS Nova Carapina II;
- UPA Serra Sede;
- UPA Carapina;
- UPA Castelândia.