Serra+ Cidadã terá ação especial de cadastro para doação de medula óssea

Quem estiver no evento do dia 11 poderá se cadastrar como doador de medula óssea e ter a chance de levar esperança e cura a quem luta contra doenças graves como leucemia

Serra+ Cidadã terá ação especial de cadastro para doação de medula óssea


Texto: Sâmia de Oliveira - Foto: Edson Reis/PMS

A solidariedade  vai ganhar ainda mais força durante a 29ª edição do Serra+ Cidadã, que acontece no dia 11 de outubro, das 9h às 16h, no Campo do América (Rua Vargem Alta, 533, Parque das Gaivotas). Além dos diversos serviços, oficinas e atividades culturais que o programa oferece, uma ação especial promete emocionar e inspirar o público: o cadastro de doadores de medula óssea.

Ser um doador é um gesto simples, mas que pode significar a vida para alguém. Por isso, o evento contará com uma equipe preparada para orientar e cadastrar pessoas interessadas em fazer parte do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) — o banco de dados que conecta doadores voluntários a pacientes que precisam de um transplante.

O cadastro é rápido, gratuito e acessível. Para se tornar um doador, é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado de saúde, apresentar um documento oficial com foto e autorizar a coleta de uma pequena amostra de sangue, cerca de 5 ml. Essa amostra é analisada para identificar as características genéticas do doador (HLA), que são registradas no Redome. Caso seja encontrado um paciente compatível, o doador é convidado para novos exames e, se confirmar o desejo de doar, realiza o procedimento.

“Essa é uma oportunidade de transformar solidariedade em esperança. O simples ato de se cadastrar já é o início de uma nova história para alguém que espera por um transplante. O Serra+ Cidadã é, acima de tudo, um espaço de cuidado, empatia e amor ao próximo”, destaca a secretária de Direitos Humanos e Cidadania, Lilian Mota.

História inspiradora

Durante o evento, o público também poderá conhecer a história inspiradora de Raphael Athayde de Souza, que já realizou três doações de medula óssea — um caso raríssimo e comovente. Em 2012, um amigo de infância de Raphael foi diagnosticado com leucemia e mobilizou os colegas a se cadastrarem no Redome. A partir daí, Raphael manteve o compromisso de ajudar outras pessoas, tornando-se doador regular de sangue e permanecendo inscrito como doador de medula.

Raphael é também é coordenador do projeto FlamedulaES (@flamedulaES), inspirado em um grupo nacional que reúne doadores e torcedores do Flamengo, mas que aceita participação de todas as torcidas. O objetivo do projeto é incentivar mais pessoas a se cadastrarem como doadoras de medula e sangue, ampliando a corrente de solidariedade em todo o país.

Ele conta que a primeira doação aconteceu de forma inesperada, e a segunda, em dezembro de 2024, poucos dias antes do Natal, foi recebida como um presente de Deus. Na ocasião, a medula foi enviada aos Estados Unidos e, segundo os protocolos de sigilo, provavelmente ajudou uma criança. Poucos meses depois, ele recebeu uma nova ligação e aceitou mais uma vez a missão de doar vida. “Foi uma experiência incrível poder ajudar mais uma pessoa — e, junto com ela, uma família inteira que é salva também”, relatou emocionado.

Doar medula três vezes é extremamente raro. A chance de compatibilidade entre doador e paciente é baixíssima — em média, 1 em cada 100 mil pessoas é compatível com alguém que precisa de um transplante. Histórias como a de Raphael reforçam a importância do cadastro e mostram como a solidariedade pode se multiplicar e transformar vidas.

Serviço

Local: Campo do América — Rua Vargem Alta, 533, Parque das Gaivotas
Data: 11 de outubro
Horário: das 9h às 16h